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Publicado em: 06/02/2015 às 12:20
Saúde alerta: água de reuso sem cuidados pode ampliar risco de dengue
Recipientes têm que ser tampados; água que sai da máquina, se tiver pouco amaciante ou for misturada à de chuva, pode favorecer proliferação do Aedes aegypti

O reuso de água que sai da máquina de lavar vem sendo uma das principais estratégias da população para enfrentar a crise hídrica e o racionamento 12hx36h determinado pelo Saema (Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente). Assim como o armazenamento de água de chuva, extremamente bem vindo e consagrado inclusive em países desenvolvidos como forma de uso consciente e racional da água.

Ocorre que nos últimos dias a equipe de Controle de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde localizou recipientes com água declarada de reuso por parte de moradores, onde havia sinais de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya, duas doenças graves e que podem até levar à morte.

Araras tem atualmente 22 casos de dengue confirmados, sendo 14 autóctones e 8 importados, mas a constatação de que os criadouros podem estar sendo favorecidos pela desatenção ou desinformação das pessoas colocou a Saúde em alerta.

“Nossos agentes chegaram a encontrar larvas em recipientes com água que, segundo o morador do imóvel, era água de reuso da máquina de lavar, aquela água que sai no enxague com amaciante”, informou a secretária Vandersi Pavan Bressan. “Isso nos preocupa bastante pois sabemos que essa água é útil e precisa ser aproveitada, mas com os devidos cuidados”, diz ela.

A proliferação do mosquito Aedes aegypti é conhecidamente no ambiente com água limpa e parada. Mas o que os agentes vem constatando é que muitas pessoas utilizam a água com produto químico (no caso o amaciante) misturando-a com água da chuva, por exemplo, ocasionando a diluição, o que pode estar sendo assimilado pelo inseto, que estaria se adaptando.

Cuidados especiais
A Saúde alerta que para reaproveitar a água de reuso sem riscos é preciso manter os recipientes totalmente tampados, com tampa rígida (no caso dos tambores, por exemplo) ou mesmo com um pano. “Mas tem que cobrir toda a boca sem deixar frestas”, lembra Luciana Bianco, chefe de endemias da Secretaria Municipal de Saúde.

Outra alternativa é tratar a água com soluções simples e baratas, porém muito eficientes para o controle de larvas do Aedes aegypti. Vale utilizá-las em dosagens corretas, inclusive nos recipientes com água de reuso. “Agindo dessa maneira, as pessoas afastam os riscos de alguém de casa adoecer por dengue”, diz Luciana.

A coordenadora também destaca que os recipientes utilizados para armazenar água devem ser periodicamente limpos, para que não haja possibilidade da proliferação de criadouros do mosquito aedes aegypti.

Casos suspeitos
Além dos casos confirmados de dengue, existem também 16 casos suspeitos aguardando resultados de exames, segundo a Saúde. “O momento é de total atenção e precisamos da colaboração de todos”, diz a secretária.

 

 

Secom

 


Secom/PMA