A administração municipal e a Paróquia São Francisco de Assis, localizada na zona leste, firmaram parceria para trabalhar pela vinda do Restaurante Bom Prato, do Governo do Estado.
Na última terça-feira (19) foi dado mais um passo importante para alcançar este objetivo. Com o apoio do deputado estadual Antonio Mentor, o prefeito Nelson Dimas Brambilla e o pároco Júlio Barbado se reuniram com o secretário de Estado de Desenvolvimento Social Rodrigo Garcia para discutir a implantação do programa na região leste.
O encontro, que também contou com a participação do deputado Mentor, foi realizado na sede da Secretaria de Desenvolvimento Social, na Rua Bela Cintra, em São Paulo.
A ideia é que o Programa seja implantado no antigo Salão da Paróquia São Francisco, beneficiando não apenas os moradores da região, mas também a chamada “população flutuante” que vai à zona leste para ser atendida no Hospital Municipal “Elisa Sbrissa Franchozza”, no CAEM (Centro de Atendimento de Especialidades Médicas) “Dr. Nelson Salomé” e também os trabalhadores do Distrito Industrial 4.
“Nós sempre ouvimos falar bem desse programa; por isso, estamos trabalhando para que a o nosso município também seja beneficiado”, disse Brambilla.
O prefeito está bastante esperançoso que o pedido seja atendido e disposto a contribuir no que for necessário para implantação do programa. ”Com o apoio do pároco, nós já temos o local e, se preciso for, a Prefeitura ajudará na reforma do prédio para garantir esse benefício”.
Como funciona o programa
Desde sua implantação, em dezembro de 2000 até dezembro de 2012, o Bom Prato já serviu mais de 100 milhões de refeições à população em situação de vulnerabilidade social. Para isto, o Governo do Estado investiu R$ 221 milhões.
O sucesso do restaurante popular está relacionado ao preço e à comida de ótima qualidade. São refeições completas e balanceadas, com cerca de 1.200 calorias, compostas de arroz, feijão, carne, legumes, salada, farinha de mandioca, pão, fruta da época e suco, ao custo de apenas R$ 1,00. O Governo do Estado subsidia R$ 2,00 e a Prefeitura R$ 1,00 do custo total da refeição (R$ 4,00), e o usuário complementa com o valor de R$ 1,00. Crianças com menos de seis anos não pagam.
O almoço é servido a partir das 11h até o término da cota de cada unidade, que varia de 1,2 mil a 2 mil refeições por dia, conforme a demanda averiguada pela equipe técnica na região.
Já o café da manhã foi implantado em 2011. As refeições matinais têm cerca de 400 calorias, são compostas por leite e achocolatado, café, pão com manteiga, requeijão ou frios e uma fruta da estação e custam R$ 0,50. Em geral, são servidos 300 cafés diariamente em cada unidade, a partir das 7h. Cada restaurante tem um gerente e um nutricionista de plantão e gera de 15 a 20 empregos.
Para seu funcionamento, o Bom Prato depende de convênio firmado entre a Secretaria e uma entidade da sociedade civil, sem fins lucrativos. As prefeituras também podem participar.
O Estado fornece infraestrutura para a instalação do restaurante e pagamento de subsídio para o custeio da refeição. A entidade parceira é responsável pelo gerenciamento do restaurante, fornecimento das refeições e por toda a assistência junto aos usuários. Nos casos de parceria entre Estado e município, a prefeitura local entra com subsídio de R$ 1,00 por refeição.
Atualmente, são 39 unidades em funcionamento. Destas, 21 estão localizadas na capital e 18 no litoral, grande São Paulo e interior, servindo mais de 65,7 mil refeições por dia.
Para o pároco Júlio Barbado, o Restaurante Bom Prato garantirá um grande avanço para a região. “Além do preço bastante acessível, vamos garantir à população de baixa renda e aos trabalhadores da nossa região refeições saborosas e nutritivas”, afirmou.
Ele enfatizou que hoje em dia a Paróquia serve 300 marmitex por dia para a população mais carente e com o Restaurante Bom Prato poderá atender também outras pessoas.
O secretário Rodrigo Garcia afirmou que, além das refeições, o Restaurante Bom Prato também traz algumas novidades, como cursos na área de alimentos que são oferecidos pelo Via Rápida (da Secretaria do Estado de Desenvolvimento Econômico), tem até 3 meses de duração e são direcionados preferencialmente a beneficiários dos programas “Ação Jovem” e “Renda Cidadã”, além de internet gratuita pelo Programa “Acessa São Paulo” (da Secretaria de Gestão).
Ele ficou empolgado com a união de esforços entre a Prefeitura e a Paróquia. “Como já há prédio disponível para a implantação do programa, não terá o custo do aluguel, o que facilita sua implantação”, disse o secretário.
Garcia afirmou ainda que vai enviar uma equipe para análise do local e da demanda da região no próximo mês. “Vamos realizar um levantamento técnico, mas o Governo do Estado está disposto a contribuir com a cidade de Araras”, finalizou o secretário.
Silvio Domingos/Secom