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Publicado em: 21/10/2016 às 12:10
Semana da Escola sem Bullying tem palestras, apresentações culturais e distribuição de abraços
Organizada pela Secretaria da Educação, atividades seguem até o dia 27, em escolas municipais e outros locais, como a Praça Barão de Araras

 

Alunos e educadores unidos por uma escola mais tolerante. Essa é a proposta a Semana da Escola Sem Bullying, realizada pela Coordenadoria de Formação Continuada e Apoio Técnico Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação.

As atividades começaram na última quinta-feira (20) e seguem até o dia 27, com palestras, apresentações culturais e dinâmicas nas próprias unidades de ensino, além de distribuição de abraços na Praça Barão.

O bullying é um conjunto de situações que se caracterizam por agressões repetitivas e intencionais, verbais ou físicas, que ocorrem sem motivação evidente praticado por um indivíduo ou grupo, simplesmente com o objetivo de intimidar, agredir, trazer dor e angústia à vítima.

Segundo estimativas da Secretaria de Educação, 20% dos alunos do 6º ao 9º anos do ensino fundamental da rede municipal admitem ter praticado bullying contra colegas. 5% deles admitem já ter sofrido a prática.

“Este é um tema que sempre foi trabalhado na rede municipal, por meio de projetos realizados junto a educadores e gestores. A partir da lei municipal de 2014, a Semana foi incorporada ao calendário escolar, visando justamente ampliar essas discussões e as alternativas para combater esta prática entre os alunos”, explica Luiza Helena Teixeira Viana, diretora da Coordenadoria.

 As ações desenvolvidas durante a Semana da Escola sem Bullying são de caráter educativo, constituindo-se, principalmente, em orientações quanto ao comportamento diante de diferenças físicas, de classe, raça e religião, além de orientação sexual.

O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. 

A Lei Federal 13.185, de 6 de novembro de 2015, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (bullying), elenca as diversas modalidades de bullying com as seguintes explicações: verbal - ocorre quando o agressor insultar, xingar e/ou apelidar alguém pejorativamente; moral - quando o bullying se der por meio do ato de difamar, caluniar e/ou disseminar rumores; sexual - quando o ato de bullying de der por meio do assédio ou do induzimento e/ou abuso; de viés social - quando o agressor ignorar, isolar e excluir a vítima; psicológico - envolve atos como perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular e/ou chantagear a vítima; físico - consiste em socar, chutar e/ou bater em alguém; material - ocorrerá quando o agressor furtar, roubar, destruir pertences de outrem.

A lei ainda define como cyber bullying a modalidade que utiliza instrumentos como a internet para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial.

Gentileza gera gentileza

O bullying e as formas de combatê-lo são temas recorrentes em aulas de diversas disciplinas na rede municipal de ensino. Na Emef Joel Job Fachini, localizada no Jardim das Nações, o assunto também é debatido ao longo do projeto Gentileza e Generosidade, desenvolvido por alunos dos 9º anos, durante as aulas de língua portuguesa.

“Quando estudamos o gênero textual de discurso, os alunos são incentivados a produzir propostas em prol da gentileza e da generosidade. Selecionamos 15 por ano e eles têm até novembro para desenvolvê-las”, explica a professora Daiane Michelle Calheiro, coordenadora do projeto.

A distribuição de abraços é uma das propostas realizadas este ano pelos alunos do 9º B. A ação, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (21), na Praça Barão de Araras, também faz parte da programação da Semana da Escola sem Bullying.

“A maioria das pessoas aceita o abraço e fica feliz. O projeto ajudou a abrir nossa mente sobre muitas coisas e, especialmente, a aceitar as diferenças entre as pessoas”, analisa a estudante Juliana Guida, 14.

“Muitas vezes, são atitudes bem simples para umas pessoas, como dar um abraço, por exemplo, mas que significam muito para outras”, completa a aluna Franciely Galan, 14.

 A dinâmica do abraço volta a acontecer na Praça Barão na próxima quinta-feira (27), com alunos da Emef Professora Adalgisa Perim Balestro Franzini.

 

Secom/PMA