O setor de Controle de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde orienta sobre locais que oferecem risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da dengue.
A chuva frequente intensifica os cuidados nesta época do ano, já que aumenta a possibilidade de acúmulo de água e, consequentemente, criadouros do mosquito. Para que o combate ao mosquito seja mais efetivo, é necessário que toda a população colabore.
De acordo com informações do Setor de Endemias, na última ação de busca ativa, realizada este mês em bairros com classificação de risco, foram retirados 200 kg de objetos que poderiam se tornar criadouros do mosquito da dengue.
“Com as chuvas, o risco desses objetos se tornarem criadouros aumenta. As pessoas devem ficar atentas a bebedouros de animais domésticos, latas, garrafas pet e brinquedos que as crianças muitas vezes deixam no quintal, que podem acumular água”, comentou a coordenadora do setor, Luciana Cristina Bianco.
A dica principal é eliminar a água parada exposta. Segundo o setor de Endemias, uma simples tampinha de garrafa, copo plástico ou caco de vidro nos muros das casas pode se tornar criadouros.
“Além disso, temos um outro grande problema com relação às calhas. Geralmente, as pessoas estão menos atentas a elas e qualquer volume pequeno de água parada por conta de entupimento pode se tornar um criadouro em potencial”, reforçou a coordenadora.
Combate à dengue
Segundo informações da Secretaria da Saúde, as casas são onde o mosquito mais encontra locais para se reproduzir e onde os Agentes de Controle de Endemias têm mais dificuldades de chegar. Para isso, a população precisa dar atenção a atitudes simples, que ajudam a evitar a proliferação do mosquito.
O lixo das casas, quando não for coletado, precisa ser deixado em local coberto, pois, com a chuva, as ranhuras dos sacos plásticos podem acumular água. A calha dos telhados precisa estar sempre limpa, os bebedouros de animais de estimação devem ser lavados periodicamente com bucha, pois os ovos do mosquito grudam na parede da vasilha e conseguem permanecer vivos por até 450 dias sem água. Além disso, a população deve se atentar ainda para restos de comida, como cascas de ovos, coco e as folhas de palmeira nos quintais, pois também acumulam água.
O perigo aumentou
O alerta contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti aumentou ainda mais no País pela transmissão, por esse mesmo vetor, do vírus da febre chicungunya e zika, mais ainda, pela relação estabelecida pelas autoridades de saúde entre os casos de zika e o surto de microcefalia que se verifica em boa parte dos estados brasileiros.
A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. A malformação é diagnosticada quando o perímetro da cabeça é igual ou inferior a 32 cm – o esperado é que bebês nascidos após nove meses de gestação tenham pelo menos 34 cm.
Desde o início do monitoramento de casos de microcefalia no Brasil, foram registrados 3.174 casos suspeitos da malformação possivelmente ligados ao zika vírus em recém-nascidos. O dado foi divulgado pelo Ministério da Saúde no último dia 5, em novo informe epidemiológico.
Além disso, 38 mortes suspeitas de microcefalia relacionada ao zika vírus também são atualmente investigadas. Os dados se referem aos casos registrados até o dia 2 de janeiro. O número de casos suspeitos subiu desde o último boletim divulgado pelo Ministério na semana passada, com o registro de 2.975 casos suspeitos.
Mais informações podem ser obtidas também na Secretaria Municipal de Saúde, que funciona no CS 2 Dr João Geraldo Noronha, ao lado do Corpo de Bombeiros. O telefone é 3543-1522.
Secom/PMA