Atrações culturais variadas marcaram o Dia da Consciência Negra em Araras, na última sexta-feira (20). O público conferiu shows especiais dos grupos Casa do Timbó e Papo de Samba no Centro Cultural Leny de Oliveira Zurita.
As atrações fizeram parte da Kizomba, que era a festa do povo negro que resistiu bravamente à escravidão. Era congregação, confraternização, resistência ou uma espécie de chamado à luta por liberdade e por justiça.
No domingo (22), ainda foi realizada Missa Afro, na Paróquia São Francisco de Assis. Além disso, mais dois eventos integraram a programação no domingo: o Trançando Artes no Centro de Convivência da 3ª Idade “Hilda Masson Bordin Maretto, e a roda de samba “Pra gente se encontrar de novo”, na Associação Vicente de Paula.
O Dia da Consciência Negra foi estabelecido pela Lei Federal nº 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003, e institui data dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade e a celebração da cultura afro-brasileira.
Em Araras, o feriado foi decretado pela lei municipal 4.258/09, originária de um projeto de lei apresentado pelo vereador Breno Cortella.
Marcha das Mulheres Negras
No último dia 18 de novembro (quarta-feira), Araras marcou presença na Marcha Nacional das Mulheres Negras 2015, realizada em Brasília/DF. No município, em 5 de julho de 2014, foi criado um comitê municipal pra mobilização da marcha, presidido por Neuza Maria Pereira Lima, que também é integrante do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
O comitê de Araras foi responsável pela mobilização em 13 cidades incluindo Limeira, Araraquara, São Carlos, Piracicaba, dentre outras.
Só de Araras, participaram cerca de 40 mulheres na Marcha Nacional, que totalizou público de mais de 30 mil pessoas.
A marcha teve por objetivo chamar a atenção da população para assuntos como a violência contra a mulher negra, discriminação, e a luta pelo bem viver da mulher negra na sociedade.
“A Marcha Nacional de Mulheres Negras foi um espaço privilegiado do protagonismo das mulheres negras, que compreendemos como coletivo e autônomo neste processo de organização”, destacou Neuza Maria.
Participaram da Marcha Nacional, integrantes de vários setores da sociedade como mulheres urbanas, assentadas, campesinas, quilombolas.
Horácio Busolin Júnior/ Secom