A+ A-
Notícias / Notícia em geral
Publicado em: 18/05/2015 às 11:40
Exposição de Autos Antigos atrai cerca de 9 mil visitantes em sua 18° edição na cidade de Araras
Evento aconteceu na Praça Barão na manhã do último domingo (17) e se estendeu até às 14h, levando ao público diversas raridades, modelos e curiosidades

A história contada sobre rodas foi atração do último domingo (17) na Praça Barão de Araras. O 18º Encontro de Autos Antigos reuniu cerca de 9 mil pessoas de Araras e região, de acordo com forças de segurança do município.

Os visitantes não sabiam por onde começar, pois, havia carros das décadas de 50, 60, 70, 80 e 90. Alguns dos automóveis eram restaurados, já outros, originais ou rebaixados. Além disso, bicicletas e motocicletas antigas também enriqueceram a exposição.

Os antigos vieram de cidades como Santos, Sumaré, Americana, São Paulo, Araraquara, Limeira, Rio Claro, Leme, Descalvado e Ribeirão Preto, e até mesmo de Poços de Caldas e Pouso Alegre/MG. No total, 500 veículos oficializaram o ato da inscrição e receberam brindes dos organizadores.

O evento foi promovido pelo Clube de Autos Antigos de Araras, em parceria com a Prefeitura de Araras, o Demutran (Departamento Municipal de Trânsito), a Polícia Militar do Estado de São Paulo e a Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo.

Para o presidente do Clube de Autos Antigos de Araras, Osmar Beteghelli Filho, o apoio especial da população de Araras e região é o diferencial de todo ano. E neste, não poderia ser diferente.

“Os ararenses estão de parabéns, pois, sabem acolher os que vêm de fora de uma forma singela. Sem falar que, literalmente, abraçaram o evento de uma maneira incrível. Ajudaram na doação de alimentos que serão doados às instituições da cidade e ficaram até o fim. Foi muito gratificante ver o encontro de gerações na Praça. Para nós da organização, esta participação é muito mais que especial”, ressaltou.

Já para o secretário municipal de Ação Cultural e Cidadania, Marcelo Daniel (Mussa), além do incentivo à cultura, os visitantes de todas a idades se divertiram, mas os mais “vividos” puderam aproveitar para matar a saudade dos possantes que já tiveram.

“Certamente, para os que têm mais idade, relembraram parte da infância. Já os mais jovens, puderam conhecer como eram as máquinas de antigamente. Sem falar que, este, é um evento tradicional em nossa cidade que leva famílias inteiras à Praça Barão. Um resgate da história e das tradições de Araras, contado por meio dos carros e suas características típicas”, salientou ele.

Os visitantes não eram apenas da região. Teve gente que veio de longe prestigiar o evento. Como foi o acaso da professora Nathália Baldon, 30, de Taquaritinga/SP que, inclusive, se hospedou em Araras por causa do encontro.

“Vim sim, de longe, porque Araras é uma cidade muito acolhedora. E, quando se fala em “antigomobilismo”, o município se destaca na região. Sem contar que que é um evento de muito conhecimento cultural. É o que anda faltando no Brasil e que Araras está resgatando”, disse.

 

A paixão por “Antigomobilismo”
Quem passou pela Praça Barão pode encontrar algumas ‘figuras’ por lá - os colecionadores desses automóveis. Mas, é necessário lembrar que, colecionar carros antigos, demanda tempo, dedicação e alguns cuidados, como explica Adilson (Turco), dono de um Fusca 1968.

 “Comprei o meu em 1992. O dinheiro que tinha na época era para comprar outra coisa. Mas, fui despertado o desejo de adquirir o meu Fusquinha por meio de amigos. Aí, depois disso, levei para um restaurador, amigo meu. Afinal, o carro estava todo acabado. Hoje, depois de 23 anos, ele está assim, inteiro e com um diferencial: com as peças todas originais”, explicou.

Turco é de São Carlos e, segundo ele, participa deste encontro em Araras há mais de 15 anos, sempre com a esposa. “Já venho para Araras nesse evento não é de hoje, não. Pode-se ver um grande crescimento tanto de colecionadores, quanto de público. Araras é uma cidade muito acolhedora e, os organizadores do encontro, estão de parabéns”, ressaltou.

Falando em ‘figuras’, quem estava lá, com sua Lambretta era Erasmo Wolf, de Rio Claro. De acordo com ele, quando está sobre sua ‘motinha’, se transporta àquele tempo das antigas.
“Sou fã de Elvis Presley. Faz 40 anos que tenho esta raridade. Não uso ela apenas como hobby, a uso ainda para trabalhar e levar minha esposa para passear, como nos velhos tempos, há 32 anos, quando começamos a namorar”, contou com um sorriso no rosto.

Questionado sobre se o antigomobilistamo é um hobby que possa se extinguir com o advento de novas gerações e invenções ele respondeu que será difícil, por mais moderno que o mundo esteja.

“Tenho minha Lambretta desde os 18 anos. Sempre ouvi falar, naquela época, que não teria peças e hoje, com 62 anos de idade, tem muitas opções. Creio que não vai acabar porque há uma cultura a se preservar com as coisas antigas”, aposta ele.

 

Elas também colecionam
Cerejinha. Este é o nome do Fusca de Leila Carvalho, 37 anos, da cidade de Leme. O carro, aliás, tem quase a idade dela – mais de três décadas. Pela primeira vez no Encontro de Araras, a moça se disse encantada com toda a estrutura montada pela Prefeitura.

 

“Sempre ouvi falar de Araras como referência quando o assunto é carros antigos. Este ano, especificamente, resolvi ver com meus próprios olhos e estou encantada. A maior dificuldade de ser uma antigomobilista é conseguir restaurar um carro antigo. Nós ainda não temos muita mão-de-obra pra isso! Se não fosse isso, acho que eu teria até muito mais carros antigos na garagem”, disse ela.

Segundo Leila, sua paixão por estas raridades veio ainda na infância, com apenas 4 anos de idade. “Quando era pequena sempre fui apaixonada por estas máquinas que hoje, são grandes raridades em nosso país. Atualmente eu consigo aliar o prazer de conservar e também de dirigir que para mim, é uma satisfação incrível. Só quem gosta sabe do que estou falando”, finalizou.


Colaborou Ramon Rossi
Secom/PMA