A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenação de Vigilância de Saúde, aderiu à campanha estadual de combate à hanseníase, com o intuito de alertar a população sobre a doença.
A iniciativa envolve orientações, palestras e distribuição de informativos sobre a doença nos PSFs da cidade até o dia 31 deste mês. Além das orientações, agentes comunitários estão visitando bairros da cidade, buscando casos suspeitos.
A enfermeira do Ambulatório de Hanseníase, Joana Crispim Freitas, ressaltou a importância do diagnóstico precoce. “Um dos sintomas da doença são manchas dormentes pelo corpo e, como elas não doem, a pessoa não procura atendimento. O diagnóstico precoce é o nosso objetivo, já que a transmissão se dá quando a doença se encontra em estágio avançado”, observou.
Sobre a doença
A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), um parasita intracelular que apresenta afinidade pelas células da pele e por células dos nervos periféricos.
Os sintomas da doença são manchas dormentes pelo corpo, placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dores nas articulações lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés.
A transmissão acontece por meio de uma pessoa que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar - MB) e que, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar um grande número de pessoas, mas poucas adoecem porque a maioria apresenta capacidade de defesa do organismo contra o bacilo.
Nos últimos seis anos foram notificadas 41 pessoas com a doença em Araras. Atualmente, sete casos de hanseníase estão em tratamento no município, sendo 4 notificados durante o ano de 2014.
Para a secretária Vandersi Pavan Bressan, apesar das constantes informações veiculadas a respeito da doença, a procura para diagnóstico e tratamento ainda é um problema.
“A hanseníase tem cura. O maior desafio apresentado pelas equipes de saúde é conseguir detectar os focos de infecção e iniciar o tratamento precocemente. Por esse motivo, quanto mais informações sobre a doença as pessoas possuírem, mais rápida ela pode ser tratada”, afirmou a secretária.
Renato Cozza/Secretaria Municipal de Saúde