Promover a qualidade de vida e reduzir a poluição nas áreas urbanas de Araras são as propostas do projeto piloto de Floresta Urbana. A iniciativa do Departamento de Meio Ambiente do Saema (Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Araras) começou a ganhar espaços públicos da cidade este mês.
O projeto contou com o plantio de 60 mudas de espécies nativas nos canteiros laterais da Avenida Senador César Lacerda de Vergueiro (Avenida do Café), em área próxima ao viaduto “Nelson Bovo”, que fica sob a Rodovia Anhanguera.
A intenção é estender o projeto a outras áreas urbanas que também estão carentes de arborização e ficam próximas a pontos de fluxo intenso de veículos.
“Esses fragmentos de florestas podem mitigar a poluição química e sonora, reduzir o efeito conhecido como “ilha de calor”, aumentar a disponibilidade e qualidade da água, reduzir a erosão nas encostas e, por consequência, os assoreamentos dos rios. Além disso, essas regiões arborizadas próximas a rodovias podem absorver uma grande quantidade de CO², ajudando assim a reduzir o aquecimento global”, explica Rodrigo de Freitas, assessor de projetos educacionais ambientais do Departamento.
A chamada “ilha de calor” é o nome que se dá ao fenômeno climático que ocorre principalmente nas cidades com elevado grau de urbanização. Nestas cidades, principalmente nas áreas mais urbanizadas, a temperatura média costuma ser mais elevada do que nas regiões rurais próximas.
Esses fragmentos de florestas situados dentro da cidade são importantes mantenedores da biodiversidade, pois várias espécies de plantas e animais encontram nesses espaços o seu abrigo. A proximidade com as áreas urbanas também fazem com que esses espaços se tornem potencial alternativa de lazer para a população caminhar em harmonia com a natureza.
Nos canteiros laterais da Avenida Senador César Lacerda de Vergueiro foram plantadas as espécies Pau-Alho(Gallesia integrifólia), Angico-Vermelho (Parapiptadenia rígida), Pau-Viola (Cyntharexyllum myrianthum), Timburi (Enterolobium contortisliquum), Jerivá (Syagrus romanzoffiana), Eritrina (Erythrina speciosa), Ingá (Inga vera), Aroeira-Pimenteira (Schinus terebinthifolia), Pau-Cigarra (Senna multijuga) e Neve da Montanha (Euphorbia leucocephala).
O plano de ação do projeto foi realizado em oito fases: roçada da vegetação, retirada de espécies, identificação e combate às formigas cortadeiras, abertura de covas, distribuição de insumos nas covas, plantio, tutoramento e controle de pragas.
Horácio Busolin Júnior/Secom