Duas entidades assistenciais do município renovaram convênio com a Prefeitura de Araras e uma outra firmou pela primeira vez convênio com os Governos Federal e Estadual para receber repasses que vão custear projetos e atividades desenvolvidos por elas.
A assinatura dos documentos aconteceu nesta segunda-feira (15), na Secretaria Municipal de Ação e Inclusão Social.
A Casa de Apoio “Atalaias de Cristo” receberá repasse mensal de R$ 2 mil e o Instituto de Promoção Social, Cultural e Educacional São Francisco de Assis, de R$ 5 mil mensais. Os convênios entre a administração municipal e as entidades têm vigência de seis meses.
Outra instituição beneficiada foi a Fundação Sayão – Residência Inclusiva, que celebra pela primeira vez parceria com os Governos Federal e Estadual. Por mês, a entidade vai receber repasse estadual de R$ 5.000,00 e mais R$ 10.000,00 do Governo Federal. A vigência dos convênios é, respectivamente, de seis meses e de um ano.
Segundo o padre Júlio Barbado, da Paróquia “São Francisco de Assis”, o auxílio será bem-vindo para custear cursos profissionalizantes oferecidos pela entidade.
“Estamos reformulando nosso plano de trabalho para o próximo semestre e poderemos, com esses recursos, proporcionar aos jovens de 7 a 17 anos cursos de informática básica, capoeira e aulas de música. Mais do que apenas assinar o convênio, é importante a celebração desse elo de afeto e solidariedade com o Poder Público”, disse.
Benedito Raimundo, da Casa de Apoio Atalaias de Cristo, também agradeceu a renovação do convênio, que contribui para a manutenção da instituição que atende moradores de rua da cidade.
“A Secretaria de Ação e Inclusão Social tem nos auxiliado com recursos financeiros e também orientações para que possamos realizar um bom trabalho”, observou.
Já a Fundação Sayão – Residência Inclusiva, que receberá pela primeira vez recursos do Estado e da União, foi fundada em 2009 e atende a pacientes com deficiências física e mental.
São usuários da Residência Inclusiva jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência, prioritariamente beneficiários do BPC, que não disponham de condições de autossustentabilidade ou de retaguarda familiar ou que estejam em processo de desinstitucionalização de instituições de longa permanência.
“A assinatura dos convênios federal e estadual vai proporcionar auxílio financeiro para a entidade. Além disso, também vamos receber orientação da Secretaria de Ação e Inclusão Social para saber qual a melhor maneira de promovermos a inclusão dos nossos atendidos na sociedade”, disse o presidente da diretoria executiva da Fundação, Edmundo Eugênio Archelos Blasco.
O trabalho realizado pela Fundação Sayão é inédito na região - atendimento semelhante a esse só é realizado em cidades como Araraquara e Bauru.
Na entidade, os usuários têm o atendimento de equipe técnica, composta por um psicólogo, assistente social e terapeuta ocupacional. Às Residências Inclusivas é recomendado o atendimento para até 10 jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência.
Para a secretária Regina Helena Piccolini, a assinatura do convênio com a Fundação Sayão – Residência Inclusiva faz parte das inovações do Suas (Sistema Único de Assistência Social), que buscam o reordenamento dos serviços de acolhimento e o rompimento com a lógica segregacionista de isolamento, proporcionando a garantia de direitos aos atendidos e a seus familiares.
“Esse tipo de atendimento de Residência Inclusiva é inédito na região e merece o respaldo do Poder Público, pois faz com que essas pessoas saiam da situação de segregação e possam exercer a cidadania. Peço também às demais entidades que nos procurem para esclarecer eventuais dúvidas com relação à prestação de contas, para realizar assim um trabalho de qualidade”, afirmou.
Regina também ressaltou que é necessário que as entidades cumpram as exigências do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
“A aprovação de contas pelo Conselho Municipal de Assistência Social é essencial para que as entidades possam ter direito ao repasse destes recursos. O papel social delas é fundamental, pois elas realizam um trabalho no município que o Poder Público não consegue fazer sozinho”, finalizou a secretária.
Horácio Busolin Júnior – Secom