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Notícias / Notícia em geral
Publicado em: 17/08/2015 às 15:56
Consumo de água aumenta em plena estiagem
Em dias com racionamento, o volume de água tratada para atender à população é de 36 milhões de litros, porém com a liberação nos fins de semana salta para 46 milhões de litros/dia

O consumo de água no município vem aumentando consideravelmente, fato que tem deixado o comando do Saema (Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente) de Araras preocupado, pois entramos no maior período de estiagem do ano.

Os investimentos dentro do plano de metas estabelecidos no início do ano e concluídos dentro de seus prazos vêm dando suporte para superar esse momento delicado que Araras e região começam a enfrentar - como aconteceu no ano passado, nesse período a crise hídrica tende a aumentar – mas, somente as ações tomadas pelo Saema não resolve a situação devendo ter a colaboração de todos.

“As metas que cumprimos têm nos ajudado e muito a superar novamente esse momento, mas a população não pode deixar de colaborar com o uso racional da água. Temos que ter em mente o que é mais importante nos dias atuais priorizando o uso para consumo e atividades domésticas e evitando ao máximo o desperdício”, disse Felipe Dezotti Beloto, presidente da autarquia.

Nesses primeiros 17 dias do mês, a média diária de consumo de água chegou a 41 milhões de litros por dia, bem diferente dos 34 milhões de litros consumidos nos três primeiros meses do ano.

Os números aumentam quando a leitura de consumo é feita às sextas, sábados e domingo, dias em que não há racionamento, chegando à média de 46 milhões de litros consumidos diariamente. Já às segundas, terças, quartas e quintas-feiras, com racionamento, o número cai para 36 milhões de litros diários, uma diferença que chega a 10 milhões de litros consumidos.

O Saema enfatiza que entramos num período em que os mananciais começam a baixar devido à falta de chuva, fato já esperado pela autarquia, o que reforça o momento de cautela que a população deve ter. Nos últimos dois meses choveram apenas 33,7 mm, sendo 5,2 mm em junho e 28,2 mm em julho, no mês de agosto ainda não choveu.

Multa passará para R$ 510,00
O valor da multa por desperdício de água passará de R$ 127,00 para R$ 510,00 – a medida que o Saema adotará ainda nesta semana tem como objetivo inibir ainda mais o desperdício do recurso, pois as denúncias têm aumentado a cada dia no sistema de disque-denúncia da autarquia.

Apesar de já ter intensificado a fiscalização há alguns meses, o Saema irá reforçar ainda mais a sua equipe, ampliando o tempo de atuação durante o dia e noite.
A autarquia lembra que um aplicativo no celular foi colocado à disposição podendo ser baixado pelos que utilizam o sistema Android pelo Play Store, realizando a pesquisa com a palavra Saema.

Por meio dele, o cidadão pode fazer denúncias, reclamações ou solicitações de qualquer outro tipo de serviços de emergência, com a possibilidade de enviar foto.
O disque-denúncia atende pelo telefone 0800-014-4321 (24 horas).

Cidades em alerta
Nos últimos dias, várias cidades de diferentes regiões começaram a tomar atitudes mais severas devido à crise hídrica que começa a ganhar mais intensidade, como no caso de Aguaí que voltou a racionar água para tentar evitar a queda do nível de seu reservatório.

Em Vargem Grande do Sul, o racionamento que estava programado para começar em outubro foi antecipado. No último dia 10, as cidades de Tambaú e São Sebastião da Grama voltaram com o sistema de rodízio de água e o mesmo aconteceu com Américo Brasiliense, que também deu início ao seu racionamento na última semana.

O município de Monte Agudo, que fica na região de Ribeirão Preto, ampliou o tempo de racionamento devido à falta d´água. Já a cidade de Piracicaba entrou em alerta com a queda na vazão do Rio Piracicaba na semana passada, quando, na terça-feira (11), foi registrada a mais baixa vazão do ano, com 11,6 mil litros de água por segundo, ficando 79% menor que a média para agosto, que é de 54,8 milhões de litros de água, segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee).

O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira, o mais afetado pela crise hídrica, caiu pela décima vez consecutiva no mês de agosto e operava na semana passada com 17,7% da sua capacidade, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O município de Vinhedo, que mantém racionamento desde setembro do ano passado, teve que retomar a captação de água do Córrego da Invernada devido à falta de chuva, medida que não era adotada desde dezembro passado, quando as chuvas aliviaram a situação dos reservatórios e do Rio Atibaia, responsável por 55% do abastecimento da cidade.

Ederaldo Poy/Saema/Secom