A Prefeitura de Araras retomou os trabalhos do projeto técnico social das obras de macrodrenagem urbana do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O PTTS, como é chamado, tem por objetivo a realização de palestras, oficinas e workshops de educação ambiental para explicar e divulgar à comunidade os impactos das obras no cotidiano da população ararense.
Um dos pontos principais do projeto é intensificar a divulgação sobre o andamento das obras e de todas as suas etapas, além de prestar contas dos investimentos realizados para ela ser executada e seus resultados positivos visando evitar enchentes e alagamentos em dias de chuvas fortes.
Além disso, o PTTS tem a função primordial de fomentar atividades que levem a população a refletir e se tornar participante dos processos de avaliação a serem realizados, a fim de aprimorar a intervenções necessárias para execução das obras.
Este trabalho era anteriormente realizado pelo Instituto Ambiente Total. No entanto, o contrato foi encerrado e no momento, até que seja aberta outra licitação para contratação de outra empresa, o trabalho será realizado por técnicas da Secretaria de Ação e Inclusão Social.
“Três palestras já foram realizadas nos Cras (Centro de Referência de Assistência Social) das regiões norte, sul e leste. Nos encontros, comunicamos aos moradores o objetivo das obras de macrodrenagem e das novas etapas iniciadas no mês passado. Além disso, estudamos a criação de uma comissão de acompanhamento das obras formada por membros da comunidade ararense, como forma de monitorarem a aplicação dos recursos para execução da obra”, explicou Laura Giachetti Botezelli, que é técnica social da Secretaria de Ação e Inclusão Social.
Ela ainda acrescenta que o projeto tem por meta “fomentar a participação de todos na efetivação dos direitos sociais e na sustentabilidade da intervenção”.
Uma das palestras realizada no Cras Sul foi ministrada pela arquiteta Bruna Vantin, da Secretaria de Planejamento, Gestão e Mobilidade. No ocasião, ela explicou detalhadamente e de forma didática como está sendo conduzida a obra.
Alargamento dos Ribeirões
A nova fase das obras de macrodrenagem urbana, realizada por meio de parceria entre a Prefeitura de Araras e o Governo Federal, pelo PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), envolve intervenções que visam evitar enchentes em pontos considerados críticos da cidade.
Os trabalhos envolvem alargamento da calha do Ribeirão das Furnas em um trecho de aproximadamente 2,1 km, localizado entre as proximidades do Flat Lagoa Serena até a confluência dos Ribeirões das Furnas e das Araras, em ponto perto da entrada do Residencial Samantha.
Os serviços incluem ainda o alargamento de 9 a 15 metros da largura do canal, dimensão que pode variar conforme o trecho. Isso praticamente dobrará a largura do canal, que é atualmente de 7,5 metros. O aprofundamento do leito do Ribeirão, envolvendo escavação com máquinas e colocação de aduelas pré-moldadas, também já está em andamento.
O trecho é considerado um dos mais críticos de todo o projeto, principalmente no ponto próximo ao Colégio Coc, alvo recorrente de alagamentos no período de chuvas intensas. As obras foram retomadas após reprogramação e adequação do projeto inicial. Nesta nova fase, o prazo estipulado para término das obras é de 18 meses. O projeto inclui a construção de uma mureta do tipo “New Jersey” ao longo de toda a canalização.
As obras de macrodrenagem envolvem, ao todo, a canalização de 1.100 metros do Córrego do Facão (já concluído), a construção de três reservatórios de contenção de águas pluviais, próximo ao Narciso Gomes (obra também já concluída), e a troca de 15 pontes, visando adequá-las às intervenções do PAC 2.
Raio-x das obras do PAC
O que já foi feito:
• Construção de três reservatórios de contenção de águas pluviais com capacidade para armazenamento de aproximadamente 70 milhões de litros de água. A obra envolveu a construção de vertedouros, espécie de sistema hidráulico que serve para escoar a água em excesso que chega ao reservatório, durante o período de chuvas. A água será represada até a altura de no máximo 2,40 m e depois é liberada e canalizada para o leito do Ribeirão das Furnas.
• Troca de ponte já existente na Avenida Castelo Branco e a construção de uma nova, ao lado
• Canalização de 1.100 metros do Córrego do Facão, do trecho que sai dos reservatórios no Narciso Gomes até a Avenida José Severino Sobrinho, próximo ao Flat Lagoa Serena
Próximas etapas:
• Alargamento e canalização da calha do Ribeirão das Furnas do trecho entre o Flat Lago Serena e a confluência dos dois ribeirões, em ponto próximo ao Residencial Samantha
• Alargamento e canalização da calha do Ribeirão das Araras, no trecho compreendido entre a Avenida Capitão Artur dos Santos e o cruzamento com a Milton Severino.
• Substituição de mais 12 pontes e a construção de outra nova sobre os ribeirões das Araras e das Furnas
Horácio Busolin Júnior /Secom