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Publicado em: 16/04/2015 às 15:30
Consumo de água começa a se aproximar da meta de segurança hídrica proposta pelo Saema
Na quarta-feira (15), volume tratado para atender a cidade ficou em 30,4 milhões, o que fez com que o Rio Mogi Guaçu respondesse quase sozinho pelo abastecimento, poupando as represas locais

30,4 milhões de litros de água. Esse foi o volume tratado nesta quarta-feira (15) pelo Saema (Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente) para abastecer a cidade. A quantidade aproxima-se pela primeira vez da meta proposta pela autarquia em março, quando foi lançada a campanha Água – Use, Não Abuse – Nosso Grande Desafio. A mobilização propôs como consumo ideal diário 25 milhões de litros, sete milhões a menos do que a média daquela época, que ficava em 32 milhões de litros diários.

Na última terça-feira (14), o volume registrado havia sido de 38,6 milhões de litros. Um dia antes, segunda-feira (13), 34,5 milhões.
Com os pouco mais de 30 milhões registrados nesta quarta-feira, o Rio Mogi Guaçu respondeu praticamente sozinho pela demanda local, possibilitando ao Saema poupar as reservas das represas, que hoje encontram-se com 50% de seus volumes.

Segundo o presidente do Saema Felipe Beloto, pouco mais de 1 milhão de litros de água foram retirados dos reservatórios nesta quarta, procedimento que só se tornou possível porque a captação do rio Mogi Guaçu foi reforçada no mês passado.

“É só fazer as contas. Captávamos 200 litros por segundo, no máximo. Com as obras realizadas na captação, elevamos para 340 litros por segundo, o que nos dá quase 29,4 milhões de litros em 24 horas. Isso praticamente supriu a demanda e tiramos pouca água das represas. Se esse consumo cair um pouco mais que seja, poderemos ter ainda mais segurança hídrica, e deixar as represas se recuperando para nos socorrer ao longo dos meses mais secos que vem aí”, explicou Beloto.

O abastecimento da cidade vem sendo feito desde a última segunda-feira, dia 13, com racionamento no sistema 24hx24h em rodízio. A distribuição de água é revezada para as duas regiões da cidade delimitadas anteriormente, mas 24h por 24h, ou seja, um dia com água e outro sem. Esse sistema vale de segunda a quinta-feira.

Na chamada região 1, às segundas e quartas não haverá água. Na região 2, a restrição ocorrerá às terças e quintas-feiras. E de sexta-feira a domingo, o abastecimento será normal para as duas regiões, isto é, para toda a cidade.

Conscientização e adaptação

Para Beloto, a redução verificada no consumo nos últimos dias, já que no período de teste com abastecimento liberado registrou-se média de 42 milhões tratados para suprir demandas diárias, é fruto de conscientização e adaptação da população ao novo sistema de racionamento. “Nós avaliamos que as pessoas estão se conscientizando da importância de consumir a água com atenção e, também, não estão sentindo necessidade de grandes armazenamentos, uma vez que há água 24 horas por dia na torneira dia sim, dia não, e nos fins de semana existe a disponibilidade normal”, diz ele.

A campanha Água, Use Não Abuse prossegue com ações educativas e desenvolvimento de concurso para envolver estudantes.

O Plano de Metas do Saema para enfrentar a crise hídrica que atingiu a região Sudeste do País e afetou centenas de cidades, incluindo Araras, com períodos críticos em 2014 e início de 2015, segue sendo implementado.

Oito poços serão perfurados a partir das próximas semanas para assegurar o abastecimento emergencial se necessário, a troca de 11 mil hidrômetros está sendo iniciada para ajudar no combate a perdas e a reestruturação tarifária com nova cota mínima de 10 mil litros a R$ 19,70 entrou em vigor no início de abril.


Secom/PMA