O Conselho Superior da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) autorizou a transposição de água de represa existente dentro do campus de Ciências Agrárias de . A decisão foi tomada após reunião do Conselho Superior da instituição, realizada na última sexta-feira (6) e coordenada pelo vice-reitor professor Dr. Adilson Jesus Aparecido de Oliveira.
A carta de anuência, autorização emitida pela UFSCar, será encaminhada ao Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), que dará o aval final para transposição.
A medida é uma das listadas em curto prazo pelo Saema no Plano de Metas anunciado em janeiro, visando o enfrentamento da crise hídrica que assola toda a região Sudeste do Brasil e atinge também Araras.
A previsão é que sejam captados da represa 100 litros de água por segundo. A transposição visa acelerar a recuperação da represa Tambury, na zona oeste.
O reservatório é formado por duas represas: uma que fica em terreno da UFSCar e outra em terreno que pertence à Usina Santa Lúcia. A capacidade total do reservatório é de 1 milhão de metros cúbicos de água.
Operação similar de transposição de águas vem sendo realizada para acelerar a recomposição da represa Hermínio Ometto, com água transposta de represa pertencente à Usina São João.
De acordo com o presidente do Saema Felipe Beloto, a previsão é que os serviços comecem ainda nessa semana. “Para efetivar a transposição, teremos que instalar um tubulação de aproximadamente 6 km para levar a água até a represa Tambory, o que deve durar uns 15 dias. Após isso, instalaremos a motobomba para bombeamento da água, isso só depois de obter a outorga do Daee”, explicou.
Para consolidar a parceria, o Saema terá que cumprir uma lista com seis exigências apontadas pela UFSCar, garantindo a responsabilidade no manejo dos recursos hídricos. São elas: 1) permitir a instalação da motobomba para captação, somente após outorga do Daee; 2) as obras terão que ser acompanhadas por membros indicados pela UFSCar; 3) quaisquer tipos de ônus e despesas serão de responsabilidade da Prefeitura, por meio do Saema; 4) a quantidade de água retirada não poderá prejudicar o abastecimento do campus da universidade; 5) o Saema garantirá quaisquer compensações ambientais, caso haja eventuais danos; 6) finalizada a transposição das águas, o Saema terá que retirar todos os equipamentos instalados na represa.
“Iremos cumprir todas as exigências à risca, realizando os serviços de maneira sustentável sem qualquer dano ambiental à reserva hídrica”, reforça o presidente do Saema.
O Plano de Metas, anunciado em janeiro pelo Saema, conta com 40 medidas de curto, médio e longo prazos, para assegurar o abastecimento de água à população local. Boa parte das ações de curto e médio prazos já está em andamento – como, por exemplo, aumento da captação do Rio Mogi Guaçu, desassoreamento e reflorestamento das represas, transposição de águas e perfuração de poços e instalação de novos hidrômetros.
Horácio Busolin Júnior /Secom