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Publicado em: 18/02/2015 às 14:37
Água: novo mínimo proposto diminuirá conta para mais de 75% dos clientes residenciais
Maioria dos clientes residenciais do Saema, que consomem entre 5 mil e 12 mil litros/mês, terá redução de 5,5% a 65,2% nas contas; audiência discute nesta quinta-feira (19) redução de 18 mil litros para 10 mil litros

A nova cota mínima de água proposta pelo Saema (Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente), de 10 mil litros, se for implementada, levará a uma redução significativa do valor da conta de água para mais de 75% dos clientes residenciais da autarquia.

O dado faz parte de um levantamento preparado pelo Saema para a audiência pública, que discute a redução dos atuais 18 mil litros para 10 mil litros e acontece nesta quinta-feira (19), 19h, na Câmara Municipal. Aberta à população, a audiência será realizada pela Ares-PCJ (Agência Reguladora de Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí).

Segundo os dados apurados pelo Saema, na faixa de consumo onde se insere a maioria de clientes da autarquia, entre cinco mil e 12 mil litros de água ao mês, a redução no valor das contas será de 5,5% a 65,2%.

Pelas regras e tarifas atuais, 18 mil litros de água (cota mínima vigente) custam R$ 27,93. Só que 1.662 clientes do Saema, por exemplo, gastam 10 mil litros e pagam por este montante. Com a redução da cota mínima para 10 mil litros a R$ 19,40, a redução no valor da conta será de 30,54%.

Na faixa de consumo de 5 mil litros ao mês, situação vivenciada por 1.150 clientes do Saema, a redução chega a 65,27% - pois, para quem consumir até 5 mil litros, a proposta prevê desconto na tarifa, que ficará em R$ 9,70.

Mesmo clientes que consomem acima de 10 mil litros, mas ficam próximos desta faixa, terão redução, como no caso dos que utilizam 12 mil litros mensais – neste caso, pagarão R$ 26,38, ou seja, 5,55% a menos do que os atuais R$ 27,93.

Das 37.438 ligações residenciais abastecidas pelo Saema, 29.981 consomem até 18 mil litros, o que significa que 80,08% dos clientes da autarquia estão nessa faixa. Entretanto, nesse universo, 19.393, ou seja, 51,80%, consomem até 10 mil litros ao mês – a nova cota mínima proposta. (Veja mais dados abaixo)

Para o presidente interino do Saema Felipe Beloto, a redução da cota mínima proposta visa estimular o uso racional da água e praticar justiça tarifária. “Hoje em dia, mais da metade dos clientes residenciais já consomem até 10 mil litros por mês, pagando quase R$ 30 reais. Com o novo mínimo, pagarão R$ 19,40”, pondera. “Estamos lidando com menor disponibilidade de água. Para o Saema, não interessa vender mais água, e sim que o consumidor reeduque seus hábitos diante da nova realidade ambiental que vivemos”, diz ele.

Atual cota mínima é a mais alta entre várias cidades próximas
A atual cota mínima de Araras, fixada em 18 mil litros, é a mais alta entre dezenas de cidades próximas pesquisadas pelo Saema com base em números da Ares-PCJ e também levando-se em conta informações de Prefeituras, serviços e departamentos de água e esgoto de municípios da região.

A cota mínima praticada na maioria dos municípios pesquisados é de 10 mil litros, enquanto há outros em que o volume mínimo estipulado é de 5 ou 6 mil litros ao mês.

Fonte: Saema

Compare a cota mínima de Araras com a de diversas cidades da região

 Secom/PMA