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Publicado em: 26/03/2014 às 16:22
Prefeito Brambilla e vereadores visitam fábrica da FMC em Uberaba
Objetivo da visita foi buscar mais informações sobre o processo de produção dos defensivos agrícolas; empresa vai gerar mais de 120 empregos em Araras

Para esclarecer dúvidas com relação ao funcionamento da multinacional FMC Agricultural Solutions, o prefeito Nelson Dimas Brambilla, o vice-prefeito Carlos Alberto Jacovetti, vereadores, secretários e diretores da administração visitaram na última terça-feira (25) a fábrica da empresa instalada há 35 anos na cidade de Uberaba.

No local, eles foram recebidos pelo gerente da planta da FMC Jorge José Jorge Neto e pelo gerente do Projeto Araras, Octavio Gerbasi. O objetivo da visita foi conhecer a fábrica de perto e verificar como se dá o processo de produção dos defensivos agrícolas, os mesmos que serão produzidos na unidade que será instalada em breve em Araras.

Antes da visita, o gerente da planta da FMC Jorge José Jorge Neto apresentou detalhes técnicos da empresa e também qual a política de segurança aplicada para garantir a segurança dos funcionários. Foi aberto também espaço para questionamentos, onde as autoridades puderam esclarecer dúvidas.

A fábrica foi fundada em Uberaba em 1979 e está instalada no Distrito Industrial III. A segurança é norma número 1 da empresa, que há 10 anos é considerada uma das melhores para se trabalhar no Brasil, segundo o Guia Você S/A e Exame. São 230 funcionários, sendo que 200 são contratados da FMC e os outros 30 prestadores de serviços. A fábrica comporta sete diferentes linhas de produção de herbicidas e inseticidas dos tipos líquidos, em pó e suspensão concentrada. Além disso, cada tipo de defensivo é produzido em prédios separados um do outro.

Os defensivos produzidos são destinados a culturas diversas, como arroz irrigado e de terras altas (sequeiro), algodão, cana-de-açúcar, milho, soja, entre outras.

Por dentro da FMC
Os visitantes - devidamente trajados com os EPIs (Equipamento de Proteção Individual) - conheceram as linhas de produção e puderam verificar de perto como é o processo de fabricação dos defensivos.

De acordo com gerente da planta da FMC Jorge José Jorge Neto, a mistura dos 21 ingredientes ativos resulta na produção de 400 defensivos. “O processo de processo é automatizado desde a mistura, envase, rotulagem e lacre do produto. Dessa forma, garantimos que os funcionários não entrem em contato com o produto e preservem movimentos contínuos que podem prejudicá-los no futuro”, frisou o gerente.

Para reforçar a cultura de segurança entre os funcionários, nas dependências de toda a fábrica podem ser vistos painéis onde está descrita a Visão de Segurança pregada pela empresa. “Estamos há 20 anos sem acidente porque primamos em garantir um sistema robusto de gerenciamento de riscos e a cultura da segurança é disseminada entre os funcionários”, relata Gerbasi.
Após verificarem o processo produtivo, os ararenses conheceram os laboratórios de análises físico-químicas de controle de qualidade. Toda a produção antes de ser comercializada é analisada por técnicos que conferem os níveis de concentração química permitidas pela legislação.

 

Questionamentos
Ao final da visita, foi realizada discussão aberta com espaço para questionamentos e comentários. O prefeito Nelson Dimas Brambilla questionou aos representantes da FMC se a vinda da empresa traria riscos à população.

“Qual seria o procedimento adotado pela fábrica, em caso de explosão de algum tanque? Essa é uma preocupação da população e gostaria que vocês esclarecessem”, perguntou o prefeito.

Em resposta, o gerente da planta da FMC Jorge José Jorge Neto reforçou que 99% de incidentes são provocados pelo comportamento inseguro dos funcionários. “Aplicamos na fábrica o Programa de Segurança Compartilhada e transmitimos quais são os procedimentos mais seguros que devem ser adotados em casos de acidentes. No gerenciamento de riscos atuamos em duas frentes: prevenção de acidentes - utilizando sistema de inertização com nitrogênio e correção – brigadas de incêndio e Plano de Ajuda Mútua, que propõe o treinamento de equipes das empresas vizinhas para atuarem em emergências e possíveis incêndios”, explicou o gerente.

Outros questionamentos foram levantados com relação a toxicidades dos defensivos. Esclarecendo, o chefe do laboratório de controle de qualidade da FMC Fernando Rosas foi enfático. “O problema da toxicidade está mais na aplicação do produto na lavoura do que na sua fabricação. Por isso, ministramos orientações para o uso adequado, sem geração de risco. O agronegócio ainda depende muito do uso desses produtos, que são nos dias atuais, infinitamente menos tóxicos do que há 30 anos atrás”, reforçou Fernando.

Para o prefeito Brambilla, a visita foi primordial para que sejam desfeitos preconceitos com relação à produção de defensivos agrícolas.

“A visita foi muito produtiva, pois pudemos conferir tudo de perto e constatar que a instalação da fábrica não trará riscos aos ararenses. É nítido que houve um avanço tecnológico na produção e manuseio dos defensivos. O preconceito é baseado em casos e incidentes ocorridos há mais de 30 anos. Atualmente, o panorama é completamente diferente e isso precisa ser desmistificado”, afirmou Brambilla.

Também estiveram presentes na visita os secretários Leonardo Dias (Desenvolvimento Econômico, Geração de Emprego e Renda); Celso Canassa (Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas) e Rafael Faria (Comunicação Social e Institucional); o presidente do Saema (Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Araras) Carlos Cerri Júnior; o diretor do Departamento de Meio Ambiente Raul de Barros Winter; o presidente do Prodeia (Programa de Desenvolvimento Econômico Integrado de Araras) Salvador Messias Brambilla, além de diretores da administração municipal.

Pela Câmara, compareceram o presidente Breno Zanoni Cortella e os vereadores Eder Müller, Carlos José da Silva Nascimento (Zé Bedé), Marcelo de Oliveira, Mário Corrochel Neto (Bonezinho).

Horácio Busolin Júnior /Secom