O Saema (Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente) de Araras vem mantendo nos últimos anos a tarifa mais barata da região, fato que não inibe a autarquia de realizar novos investimentos para melhorar o sistema de distribuição de água à população.
Atualmente, a tarifa é de R$ 25,74 para o consumo mínimo de 18 m³ (18 mil litros) – este valor é composto por R$ 14,30 da tarifa de água e R$ 11,44 da tarifa de esgoto.
O valor total é menos da metade dos R$ 56,71, que são cobrados das famílias de Limeira, consumidoras do mesmo volume de água.
Em Rio Claro, a taxa também é maior do que a cobrada pelo Saema. O mínimo por lá custa R$ 64,26.
A cidade de Leme é que tem a água mais barata na região, depois de Araras. Mesmo assim, o valor chega a ser quase o dobro em relação à taxa cobrada por aqui: R$ 46,76.
“Estamos conseguindo administrar um preço que entendemos satisfatório para a população. Realizamos o aumento da tarifa anualmente, sempre procurando corrigir o valor da taxa, sem prejudicar nosso consumidor”, disse Carlos Cerri Júnior, presidente do Saema.
Apesar do valor cobrado pela tarifa em Araras, os investimentos não deixam de existir, como por exemplo as novas licitações que estão sendo preparadas para a aquisição de quatro novos reservatórios: um deles será para armazenar 1 milhão de m³ de água, para a região do Parque Industrial; um de 200 mil m³ para a região do Pedras Preciosas; e outros dois com capacidade para armazenar 100 mil m³ cada, para as regiões do Jardim Rosana e bairro rural da Cascata (na região conhecida como “parte velha”, na divisa com Leme).
Dois novos postos artesianos já estão programados para ser construídos - um deles será no bairro rural São Bento e outro, na Cascata.
Para resolver o problema da falta d’água e de falta de pressão nas torneiras dos bairros da região norte, o Saema tem um projeto para a construção de um reservatório com capacidade para armazenar 10 milhões de m³ de água, a ser implantado na Fazenda Santa Lúcia.
“Apesar do valor da nossa taxa ser o menor da região, isso não tem impedido de realizarmos novos investimentos, como, principalmente, na distribuição de água com a implantação de novos reservatórios”, reforçou Cerri.
Mais investimentos
Nos últimos três anos, o Saema implantou novos reservatórios em várias regiões da cidade, como, por exemplo, um que fica no campus do Centro Universitário “Hermínio Ometto” (Uniararas), no Jardim Universitário, com capacidade para armazenar 1 milhão de litros de água, beneficiando 37 bairros da região e garantindo abastecimento para os próximos 20 anos, resolvendo o problema da escassez de água que ocorria especialmente durante o horário de pico.
A zona leste também recebeu um novo reservatório, com capacidade para armazenar 800 mil litros de água – o novo dispositivo foi construído em meio ao canavial, às margens da Avenida Luiz Carlos Tunes (Via Novela), próximo ao José Ometto 3, ao lado do reservatório já existente no local.
O Saema instalou também um reservatório no Distrito Industrial 5, às margens da Rodovia Anhanguera (SP-330), com capacidade para 200 mil litros de água. Implantou também um reservatório no Pedras Preciosas, na zona norte, com capacidade para 192,5 mil litros de água, ao lado do reservatório já existente no bairro.
Outro investimento foi a recuperação de um reservatório de 5 milhões de litros implantado há vários anos no Distrito Industrial 3, mas sem nunca ter sido usado.
A autarquia implantou também um novo sistema de captação na Represa “Hermínio Ometto”, localizada no Jardim Sobradinho, deixando de utilizar água do Rio Mogi Guaçu, o que tem representado economia no consumo de energia elétrica. Por mês, a redução é, em média, de 15%.
Economia de Energia
Neste ano, a revista “Eletricidade Moderna” destacou a redução do consumo de energia elétrica no sistema de abastecimento de água utilizado pelo Saema de Araras, após a autarquia participar do Programa Eficiência Energética da Elektro.
O programa contemplou o Saema com diagnóstico energético, projeto executivo e fornecimento dos materiais necessários à execução, medição e verificação nas instalações do sistema de abastecimento de água.
As melhorias envolveram a instalação de um sistema de monitoramento e controle do funcionamento das bombas existentes em três captações, além da substituição de quatro conjuntos motobomba de 250 cv, um inversor de frequência e três soft-starters em um sistema de adução de água da autarquia.
A economia de energia chegou a 1.485,06 MWh/ano, superando a meta projetada inicialmente; a redução de demanda foi de 38,4 kW. O investimento total da Elektro foi de R$ 602 mil - não houve contrapartida do município.
Foram também identificadas oportunidades de eficientização energética na avaliação dos sistemas de bombeamento localizados nos três pontos de captação do município - Represa “Antonio Meneghetti” (Tambury), Represa “Hermínio Ometto” e Rio Mogi Guaçu - que enviam água para a ETA (Estação de Tratamento de Água), localizada no Jardim Cândida, diariamente.
Os novos motores e bombas apresentaram mais eficiência (76%) em relação aos equipamentos antigos (35%), proporcionando menor consumo de energia para as mesmas condições de fornecimento de água do sistema anual.
Ederaldo Poy/Secom