As obras de macrodrenagem urbana, realizadas com verbas do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), do Governo Federal, que vão conter enchentes em pontos críticos da cidade, envolvem o alargamento e a canalização de 1,5 km dos ribeirões das Araras e das Furnas, e do Córrego do Facão.
A maior parte do alargamento das calhas acontecerá no Ribeirão das Furnas e no Córrego do Facão, onde as obras já foram iniciadas, na zona sul.
O alargamento e canalização do Córrego do Facão serão realizados em trechos que ficam entre a Avenida Castelo Branco e a Rua Henrique Dias; entre a Avenida Ângelo Michelin e Avenida Dona Renata, próximo ao Flat Lagoa Serena.
O Ribeirão das Furnas será canalizado e alargado deste ponto até a Avenida Milton Severino, no encontro com o Ribeirão das Araras.
Já o Ribeirão das Araras será canalizado e alargado no trecho compreendido entre a Avenida Capitão Artur dos Santos até o cruzamento com a Milton Severino.
Na maior parte da canalização dos ribeirões e do Córrego do Facão será realizada concretagem e colocação de aduelas nas laterais (peças pré-moldadas de concreto armado), como já está sendo realizado nas margens da Avenida Ângelo Franzini (antiga Avenida Limeira), próximo à ponte localizada no cruzamento com a Rua Henrique Dias.
No Ribeirão das Furnas, entre a Rodovia Washington Luiz e a Milton Severino, haverá implantação de "new jersey", uma proteção constituída por mureta de concreto em torno de 80 cm de altura, que diminuirá o alargamento da calha, mas garantirá a manutenção de quase 80% das árvores, que estão plantadas nesse trecho, alcançando o mesmo resultado.
“Resolvemos mudar o projeto executivo para manter a maioria das árvores. O alargamento seria feito até as calçadas; agora será menor, mas a diferença compensada com as muretas nas laterais”, disse Franco.
Represa
As obras também envolvem a implantação de uma represa para retenção da água, que será construída no Córrego do Facão na zona rural, antes da Rodovia Anhanguera, seguindo determinação do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) do Estado de São Paulo.
Segundo o diretor da Secretaria Municipal de Planejamento, Gestão e Mobilidade Fábio Franco, a implantação da represa foi um pré-requisito para aprovação do projeto e com o aval do Daee.
A represa foi projetada para atender à cidade pelos próximos 100 anos. “Se não incluíssemos a barragem no projeto, corria o risco dele não ser aprovado e as verbas não serem liberadas”, reforçou Franco.
As obras de macrodrenagem também envolvem a construção de três reservatórios de contenção de água - com cerca de 270 m de comprimento e cerca de 50 m de largura – que já estão sendo escavados na zona sul e a substituição de 13 pontes e a construção de outras duas sobre os ribeirões das Araras e das Furnas, e também o Córrego do Facão.
Pontes
Franco explicou que, com o alargamento das calhas dos ribeirões e no Córrego do Facão, várias pontes terão que ser substituídas e ter as bases alargadas e alteadas.
As obras mais complexas irão acontecer no cruzamento das avenidas Fábio da Silva Prado e Dona Renata (próximo à Delegacia do Município), e também na Avenida Presidente Castelo Branco, no Narciso Gomes. Nesses locais, serão substituídas as pontes já existentes e construída uma nova.
Nas obras de macrodrenagem serão investidos mais de R$ 42 milhões. O valor inicial era de R$ 53.199.292,28, sendo R$ 44.955.517,06 do Governo Federal e R$ 8.243.775,22 de contrapartida do Governo Municipal.
Após o processo de licitação, o valor caiu para cerca de R$ 42 milhões, o que corresponde à redução de mais de 20% do valor inicial. “Com isso, sobraram cerca de R$ 11 milhões que poderão ser utilizados como aditivos nas obras de microdrenagem, alguns pontos específicos, principalmente na Avenida Dona Renata, nas regiões próximas ao Flat Lagoa Serena, Colégio COC e Rua Bolívia, onde ocorrem os casos mais críticos de alagamentos”, afirma o secretário municipal de Planejamento, Gestão e Mobilidade, Felipe Dezotti Belotto.
As intervenções incluem melhorias nas galerias de águas pluviais, como implantação de novas bocas-de-lobo e ampliação dos tubos condutores destinados ao transporte das águas captadas até o lançamento nos ribeirões e no Córrego do Facão.
Beloto explicou que as verbas do PAC só podem ser utilizadas para intervenções realizadas no entorno das obras de macrodrenagem.
Silvio Domingos/Secom