Nesta última semana de abril, o prefeito Pedrinho Eliseu se reuniu com o presidente Rubens Franco Junior, o diretor executivo Ari Osvaldo Fischer Filho e a equipe do Departamento de Engenharia do Saema (Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente do Município).
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), um dos temas mais discutidos entre o Saema e a Prefeitura desde o início do ano, foi a pauta da reunião que ocorreu na sede da autarquia. Na ocasião, foram discutidas medidas de emergência e possibilidades menos custosas para que a situação da falta de tratamento de esgoto, que preocupa o município há mais de um ano, seja regularizada.
Para o prefeito Pedrinho, esta foi uma reunião fundamental para seguir com o projeto. “Foi um encontro proveitoso e muito importante. Chegamos a uma conclusão de que, com um ou outro acerto no projeto, nós vamos leva-lo adiante com confiança. O próximo passo agora é irmos à Brasília buscar a complementação dos recursos financeiros para que esta obra possa acontecer”, disse. Pedrinho comentou ainda sobre sua expectativa de que a ETE volte a funcionar o quanto antes. “Tenho convicção de que dentro de alguns anos, através do Saema, nosso município voltará a ser exemplo, tratando e realizando o despejo corretamente dos seus efluentes e dando a nossa parcela de contribuição, enquanto município consciente”, finalizou.
O presidente do Saema, Rubens Franco Junior, recordou que a situação já estava crítica há mais de um ano, e que a atual administração está empenhada para solucionar o problema. “Estamos aqui no sentido de colaborar para que possamos recuperar a capacidade de tratar o esgoto de forma definitiva. Temos um grande desafio, porém, estamos comprometidos neste projeto que irá atender às necessidades da cidade. É um passo muito importante e estima-se que possa ser tratado cerca de 90% ou mais do esgoto na nova ETE”, disse.
Informações sobre a ETE
A ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), desde o início de sua operação, nos anos 1990, não foi projetada para acompanhar o aumento da demanda do município. Sendo assim, nunca tratou 100% do esgoto produzido pela cidade. Diversos fatores fizeram com que a ETE não funcionasse completamente, entre eles, o fato de nunca ter recebido a devida manutenção, o que fez com que o caso piorasse com o passar dos anos.
No início de 2015, de acordo com registros da ETE, o tratamento do esgoto atingia entre 29% e 35%, e no final do mesmo ano, os reatores começaram a apresentar problemas e foram “condenados”.
De acordo com registros, projetos de modernização da ETE foram apresentados em 2012, quando foram abertos vários editais. A obra sofreu com algumas adversidades, entre elas, o fato de a empresa vencedora na época ter realizado apenas parte da obra e a abandonado em 2014. Um novo edital chegou a ser publicado e foi suspenso por duas vezes.
Em 2016, com verbas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o projeto de modernização de 2012 sofreu as necessárias alterações e iniciou-se nova licitação para solucionar o problema.
Em 2017, com a entrada de uma nova gestão, a ETE foi uma das principais preocupações apontadas com necessidade de máxima urgência para sua solução. Com isso, além do Interceptor Arary, que já foi construído na Fazenda São Vicente, zona norte, e que, em funcionamento, deverá conectar para a rede principal que passa pela Avenida Fábio da Silva Prado, foi instalado um emissário de esgoto, implantado na margem esquerda do Ribeirão das Araras, trecho que passa pela Avenida Dona Renata (em frente ao residencial Samantha, seguindo até a Delegacia do Município).
Informações - Camila Heloíse/Saema
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